Na década de 1950 o eucalipto ocupava no Algarve uma área reduzida, de apenas 26,1 km2 (0,5% da superfície total da região). Podia ser encontrado no concelho de Monchique e, com menor expressão, nos de Silves, Aljezur, Lagos, Portimão e Vila do Bispo. 45 anos mais tarde a situação tinha-se modificado de forma considerável. O eucalipto ocupava então uma área de 310,7 km2, ou seja, 6,2% da superfície total do Algarve.
Em 2010 a área ocupada por eucalipto aumentara, se bem que ligeiramente, para 321,2 km2 (6,4% da superfície total). Continuava a ser no concelho de Monchique que o eucalipto dominava, agora de forma muito expressiva, enquanto que em Aljezur e Silves, e também em Lagos, Loulé, Portimão, Tavira e Vila do Bispo, a sua ocorrência podia ser notada. A expansão do eucalipto entre a década de 1950 e o ano de 2010 foi feita, em grande medida, pela plantação em solos antes ocupados com medronheiros e áreas ‘incultas’.
As áreas ardidas no Algarve, entre 2011 e 2017, pouco deverão ter afectado a distribuição do eucalipto, já que a coincidência entre as áreas ardidas nesses anos e as da ocorrência do eucalipto em 2010 é limitada, quase marginal.