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ribeiras algarvias e drones


A seca que afecta a quase totalidade do país repercute-se, claro está, nos caudais dos cursos de água. Grande número de ribeiras algarvias configuram sistemas lóticos complexos. Sazonalmente variam entre ambientes lóticos (com água em movimento à superfície, de montante para jusante), ambientes lênticos superficiais (sem água em movimento à superfície, embora possam existir movimentos sub-superficiais) e ambientes de leitos completamente secos, pelo menos à superfície.

As novas tecnologias, como as RPAS (Remotely-Piloted Aerial Systems) ou drones, podem dar uma pequena ajuda para a caracterização desses sistemas lóticos complexos e, em particular, para a identificação das datas de mudança entre um ambiente e outro. O pequeno exercício que abaixo se apresenta ilustra um pequeno trecho de cerca de 380 metros de comprimento da Ribeira de Odeleite (ponto central. 37.32126ºN - 7.74369ºW), nas proximidades de Grainho, concelho de Tavira. O mosaico de imagens, com uma resolução de 1,5 cm/px e construído a partir de 148 fotografias verticais feitas ontem, 6 de Agosto, a partir de um DJI Phantom 3 Pro a voar a cerca de 53 metros AGL (Above Ground Level), torna evidente que se está num período de ambiente lêntico superficial.

A repetição sistemática de coberturas aéreas levadas a cabo com as mesmas características técnicas, sempre sobre os mesmos trechos das ribeiras algarvias, permitirá uma descrição mais detalhada dos regimes fluviais e dos caudais das ribeiras. Se as coberturas forem feitas num mesmo ano hidrológico permitirão identificar não só a extensão superficial dos volumes de água mas também as datas de mudança entre os três ambientes que ocorrem nos sistemas lóticos complexos. E se feitas também ao longo de distintos anos hidrológicos, possibilitarão comparar quer a extensão superficial dos volumes de água, quer as datas de mudança entre os três ambientes, entre os diversos anos...

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